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Mostrando postagens de outubro, 2017

Mestra Totinha recebe visita dos alunos da eletiva de música da EREM Pradines

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Na tarde desta última quarta-feira, dia 25, Mestra Totinha teve a honra de receber, em casa, os alunos da eletiva de música da Escola de Referência em Ensino Médio Alberto Augusto de Morais Pradines (Itamaracá - PE). A turma de 29 alunos são orientados pela querida Prof.ª Nielza Lopes, que trouxe consigo os produtores culturais Tony Blaster e Paulinho Teixeira, idealizadores do encontro mensal #TemCocoNaIlha. A tarde foi de música, claro, mas também de instrução nos moldes da tradição oral. Mestra Totinha relembrou o passado, contou um pouco de sua história e de seus antepassados. Matou curiosidades e explicou como se nasce um coco, além de falar da questão da autoria no âmbito da cultura popular: "Existem os cocos que são nossos, mas também têm aqueles que a gente escuta aqui um cantando e já leva para outro lugar e assim vai", contou. No fim da tarde, os alunos lamentaram a despedida. Mestra Totinha cantou "Adeus, meu povo" e também foi homenageada ao t

Existe apenas um tipo de coco?

Não. Muito por alto, geralmente citamos o coco de roda , o coco de umbigada e o coco de terreiro , mas a diversidade dos cocos vai muito mais além. Maria Ayala (2017), em seu artigo Os cocos do Nordeste , afirma que não se pode precisar as origens dos cocos, unicamente que tem origem africana. Além disso, "A diáspora negra, que deslocou africanos para o Brasil, aqui mesclou conhecimentos orais de etnias africanas com outras (indígenas e europeias), criando-se, ao longo do tempo, múltiplas práticas culturais de canto, dança e poesia." ( Id. , p. 14) Assim, o coco (também chamado de samba devido à sua aproximação com o gênero) existe em todo o Nordeste e ressurge com diversos nomes que revelam características de diversas localidades. Ayala ( Id .) indica alguns (os links abrem artigos): Coco de tebei , da comunidade Olho D'Água do Bruno (Tacaratu, PE). Não utiliza nenhum instrumento, apenas o sapateado dos homens é o acompanhamento sonoro às vozes das cantadoras

Mestra Totinha realiza abertura de evento do curso de Letras da Faculdade FAFIRE

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O encontro Viva a Pernambucanidade Viva , promovido pelo Departamento de Letras da Faculdade Frassinetti do Recife – FAFIRE, em sua 17ª edição, prestou homenagens à escritora Lucila Nogueira, falecida no ano passado, e trouxe o tema “Multilinguagens, Formação Literária e Mercado Editorial”. Mestra Totinha foi convidada pela Prof.ª Edilza Moura, Coordenadora do Departamento, para fazer a abertura do evento que tem trabalhos científicos apresentados e publicados em anais eletrônicos via instituição. Muitos dançaram, tiraram as sandálias e sambaram no chão. Crédito: FAFIRE. Após apresentação, Mestra Totinha com certificado de participação. Crédito: Marinalva Santos.

Letra - Adeus, Meu Povo

C: Adeus, Adeus, meu povo que eu já vou embora! R: As mulher tem pena E as moça chora   Composição : Conhecimento popular. Conhece o compositor? Indique-nos .

Letra - Saia Rodada

C: Que baiana é essa que chegou agora, que entrou no coco de saia rodada? R: Eu só saio desse coco às quatro da madrugada   Composição : Antônia Maria Rodrigues (Mestra Totinha).

Letra - Amaro (Deo do Baião)

REFRÃO A mulher de Maria Amaro mora no oitão do bode deixou de dançar pagode que por isso me deixou, tomaro o meu amor, com ela ninguém pode a mulher de Maria Amaro Mariano carregou R: Ô, Amaro! Ô, Amaro! C: Os cabelo do meu bem R: Ô, Amaro! Ô, Amaro! C: Do lado que passo a mão R: Ô, Amaro! Ô, Amaro! C: No nascido do menino R: Ô, Amaro! Ô, Amaro! C: Apagaro o lampião R: Ô, Amaro! Ô, Amaro! [Refrão] R: Ô, Amaro! Ô, Amaro! C: Menina, se queres, vamo R: Ô, Amaro! Ô, Amaro! C: Não te ponha a maginar R: Ô, Amaro! Ô, Amaro! C: Imagina criar medo R: Ô, Amaro! Ô, Amaro! C: Quem tem medo não vai lá R: Ô, Amaro! Ô, Amaro! C: Os cabelos do meu bem R: Ô, Amaro! Ô, Amaro! C: Do lado que passo a mão R: Ô, Amaro! Ô, Amaro! C: No nascido do menino R: Ô, Amaro! Ô, Amaro! C: Apagaro o lampião R: Ô, Amaro! Ô, Amaro! [Refrão] Ô, Amaro! Ô, Amaro! Ô, Amaro! Ô, Amaro! Ô, Amaro! Ô, Amaro!   Composição : Deo do Baião ( in memoriam ), de Caruaru - PE. Versão de Antôni

Letra - Eu abalei, ele abalou

C: Eu abalei, ele abalou Ele abalou, eu abalá R: Deu um vento na roseira Que abalou o parreirá Composição : Conhecimento popular. Conhece o compositor? Indique-nos .

Letra - Tão Pequenininho

C: Tão pequenininho na beira do rio morrendo de frio sem poder andar R: Ai, ai, ai, eu quero me deitar Composição : Conhecimento popular. Aprendeu com Leda, de Itapissuma - PE, quando integrou o grupo do Sr. Passos ( in memoriam ), também de Itapissuma - PE. Conhece o compositor? Indique-nos .

Letra - No Mar Tem Areia

REFRÃO C: Eu pensava que era bico R: Era babado só C: No mar tem areia R: Areia! C: Areia no mar R: Areia! C: No mar tem areia R: Areia! C: Areia, areiá R: Areia! Composição : Conhecimento popular (existem outras variações). Mestra Totinha diz ter aprendido com Tia Docelina. Conhece o compositor? Indique-nos.

Letra - Dona Maria (Mestre Barrão)

REFRÃO C: Que mulher danada era a Dona Maria R: Saía de noite chegava de dia Dona Maria rodou Pernambuco inteiro Dançando coco, carimbó e baião Mulher danada, nunca vi tão forrozeira Que só gosta de dançar batendo palma de mão [Refrão] Dona Maria hoje vive tão caseira Mas com certeza tanto coco já brincou Hoje ela mora numa casa de reboco Ela só vive de lembranças nos braços do seu amor [Refrão] De vez em quando lhe bate uma saudade Daqueles tempo que passou, não volta mais Hoje ela vive numa sala de coco É um passo pra frente e um passo pra trás Composição : Mestre Barrão. Versão de Antônia Maria Rodrigues (Mestra Totinha) para o coco de roda.

Letra - Rabo de Pavão

REFRÃO C: Eu vi Dona Li Coiteirão R: Com uma saia de rabo de pavão C: Uma velha assanhada me contou Numa noite de São João Que o marido pra ela comprou Uma saia de rabo de pavão [Refrão] Maquinista, motorista e chofé Que só falta perder a direção Quando vê essas mocinha de hoje Vestindo uma saia de pavão [Refrão] Composição : Antônia Maria Rodrigues (Mestra Totinha).

Letra - Totinha Chegou Pra Vadiar

C: Abre a roda, deixa o povo sambar R: Totinha chegou pra vadiar C: Pra vadiar, pra vadiar R: Totinha chegou pra vadiar C: Quero ver quem aguenta meu rojão R: Segura esse coco na palma da mão Composição : Antônia Maria Rodrigues (Mestra Totinha).

Letra - Boa Noite!

REFRÃO Peço licença pra cantar aqui no palco É com força e coragem e grande satisfação Porque coragem eu seio que Deus me deu É com muita alegria que eu canto pra meu povão C: Boa noite, meu povo todo Boa noite, meu pessoal R: Boa noite pra quem chegou Boa noite pra quem chegar [Refrão]  Composição : Antônia Maria Rodrigues (Mestra Totinha).

Por que Antônia Rodrigues é considerada "mestra" de cultura popular?

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MESTRE DE CULTURA POPULAR (1) é todo aquele que cresceu em meio à cultura popular tendo recebido sabedoria, conhecimento e habilidades artísticas e culturais de pai para filho através da oralidade. Além disso, (2) um mestre precisa ter autonomia suficiente para transmitir o que aprendeu para as gerações mais novas (filhos, netos, bisnetos etc.) e, assim, dar continuidade à preservação de uma ou mais expressões da cultura popular local, bem como (3) ser reconhecido pela sua comunidade (ou seja, ter representatividade local) e ser produtor de cultura. Como nasce um mestre Desfile de 07 de setembro de 2014. Itamaracá, Pernambuco. Antônia Maria Rodrigues nasceu em 1950, na Ilha de Itamaracá. Desde cedo esteve presente nas manifestações populares da cidade, principalmente nas rodas de coco e de ciranda. Segundo relata, por volta dos 08 anos de idade, foi convidada por seu pai, Manuel Rodrigues, a "puxar um coco" (cantar uma música de coco) em uma sambada e assim teve